sexta-feira, 3 de setembro de 2010

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        Vou com a escola em excursão ao Playcenter. O ponto de encontro da turma para embarque no ônibus é o teatro, localizado no prédio em que outrora fora a Igreja do Bonfim, no Parque das Nações. Sou um dos primeiros a chegar. Sento-me em uma das poltronas da plateia e aguardo os demais. Conforme vão chegando, os observo e percebo que estou vestido inadequadamente para o tipo de passeio. Trajo um vestido acinturado, a um palmo acima dos joelhos, feito de carpete preto, com um bojo vermelho que contorna o peito. Não há tempo para voltar para casa e trocar de roupa. Preciso ser rápido e comprar uma bermuda e camiseta nas imediações. Peço licença aos meus colegas e saio em disparada em direção ao Carrefour. Chegando lá, giro entre as seções à procura da de roupas. Com a demora, a ansiedade aumenta. Temo não voltar a tempo da partida. Desço a escada rolante e encontro a seção. As prateleiras estão repletas de casacos felpudos, de pelos longos e cores fortes, azuis, cor-de-rosa, amarelos... O desespero cresce a cada corredor. Não vejo nada além de casacos felpudos coloridos.

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